Senhor És algo estranho
O oculto do mundo e da vida
Uma verdade inaudita
Algo a não percorrer
Nos arames farpados do mundo
Algo inacessível e misterioso
Num mundo de dores e miséria
A quem clamam injustiça danada
Pela fome e desgraça que vagueiam
Pelas sombras do cosmos e do universo
Por esse firmamento por aí fora
A quem dar contributo aos esfomeados
Nos esforços do enigma a traçar chorando
Nas lamas que envolvem almas e agonizantes
Nas esperanças que cercam as sombras da existência
Que perdura para além de toda a essência
No auge do patamar das farpas do gelo e do amor
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