Acontecer algo de imprevisto
Inesperadamente sem aviso prévio
Como do nada no tempo terreno e eterno
Assim de repente, de improviso
Num devir tempestivo e fero
Na árdua surreal do real do ser e ter
De sermos chamados de visita ao além
A fim ficar aquém do atingivel
Na sequência do eterno tempo
Que nos chama e invoca para o outro lado
O desconhecido e estranho da vida
No oculto das entranhas do devir do ego
Que nos chama a despertar no cosmos
Poderemos ser tratados pelo inusitado
Na essência do ser supremo que nos comanda
Só temos de pedir que nos livre da morte e da peste
Das pragas que nos quer tragar da vida
Na turbulência existencial do temporal e material
Para nos consumir nas chamas da ira
Na feroz maratona da prova do concreto
Para nos levar ao outro contratempo
Há de se pedir proteção na matéria e alma
Para nos guardar do improviso e das sombras
Que pairam ocultas no periguar da existência
Para o livramento do repentino e imprevisto
Do súbito e inesperado
A qualquer podemos ser levados na tormenta
Do nada à casa que se nos espera
Numa morada longinqua e próxima
Estejamos vigilantes no tempo do eterno
Que se faz momento
Que a ocasião faz o ladrão das vidas humanas
Na ceifa que perdura ao desgaste
No tempo instante a qualquer momento nos invoca
Para as sombras ou o paraíso
No porvir do esperado do momento
Estejamos vigilantes e preparados
Para as núpcias do senhor do universo
Para a ceia festiva ou o terror
Ainda que tenhamos de pagar até ao último centavo
Pois não sabemos a hora derradeira que nos espera
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